No Fim Faz Sentido

on sábado, 17 de abril de 2010
Quanto tempo eu me ví contando o tempo sem que desse tempo de parar por um instante. Na estante um porta-retrato porta um contrato de felicidade que nessa cidade não se encontra em qualquer porta. Quantas vezes eu pensei que estava certo fazendo o que achei correto, mesmo sendo reto e frio perdendo o que eu nunca achei. De certo que me enganei com os fatos que a realidade me mostrou e quem nunca se enganou que atire a primeira pedra, mas com cuidado para não errar pela primeira vez e enterrar as chances que um dia você teve de se declarar um ser perfeito. Eu posso ser quem eu quiser mas você vai continuar me enxergando como da primeira vez que eu fui visto sem mascaras, um alguem imprevisível. Mas como um velho moço ja dizia o pecado não é pago avista e antes que você desista sua vida é uma revista, aberta para um velho moço te julgar enquanto tira a bota e bota os pés na mesa brincando com um jogo de xadrez que parece ter mais peões do que eu imaginava, cada rodada e cada peça morta se parece com o jogo que eu sempre viví e agora eu estava alí. A menos de um milésimo eu me ví contando o tempo sem que desse tempo de parar por um instante. E parou. Parou até demais. Agora conto as horas, os minutos e os segundos pra me levantar desse sono profundo enquanto sou julgado inocente ou culpado por cada inimigo que criei, por cada grande amigo que perdí, por cada aniversário que esquecí e por não rezar nas noites de natal mesmo sabendo que isso tudo contaria no meu juízo final.

1 comentários:

David Marques disse...

velho c teve a moral eternaa
by: David

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