on quarta-feira, 28 de abril de 2010
Está chuvendo, trovejando,
E estou sem inspiração.
Continuo escrevendo, continuo pensando,
Mas não vejo mais nenhuma razão.

Apaguei as luzes, desliguei o rádio,
sentei nas escadas.
continuo pensando, continuo escrevendo
com o pouco de luz que sobrou de um dia chuvoso
e janelas fechadas.

Está trovejando, ainda chovendo,
E aqui dentro só ouço minha respiração.
É mais do que paz, é muito mais,
Mas se imenso silencio tanto medo me traz,
Continuo pensando, continuo escrevendo,
Permaneço inquieto sem inspiração.
on segunda-feira, 26 de abril de 2010
Eu acho que você faz isso para se defender
Eu acho que você faz isso para se esconder
Eu acho que já não lembro o que você dizia
Eu acho que eu nunca soube as coisas que eu queria.

Talvez eu estava em dúvida quando devia ter certeza
E tavez ainda não saiba, quando sair dessa igreja.
Quem sabe, com poucas palavras você tenha dito mais para mim
Do que eu, que em uma vida nunca encontrei resposta assim.

E quando sair, abra seu peito,
Não fique esperando a cabeça guiar,
Não queira fazer tudo do mesmo jeito,
Pois o que se faz, aqui tem pagar.

Como é ter medo de sí mesmo?
Como é ter medo do que se faz?
Como é saber do que tem medo
E não lutar querendo a paz?

Se o que eu digo te confunde, tente imaginar como tem sido aqui,
Sempre que a dúvida com o medo se funde,
Me força a caminhar para onde eu não quero ir
E cada vez me afasto mais de mim,
Chegando cada vez mais perto dessa dor se fim

Nós temos duas opções, mas sua escolha já foi decidida
Me diga se é feliz ou não, e lhe digo como é tua vida.
Se me disser que não, então estaremos progredindo
Mas se me disser que sim, então estarás mentindo.
E o teu pecado será maior, e tua certeza, sempre menor.
on sexta-feira, 23 de abril de 2010
Penso que em cada fato que assisto
Sei que existe um fogo que arde e eu insisto
Em dizer que não é real quando não se pode ser visto
Tudo que cria em mim é incerteza quanto a isso.

Eu vejo que para crer já não basta mais só ver,
Eu preciso de um sinal para chegar até você,
E meus pés se moverão sozinhos
Deixando para trás toda tristeza que se encontre em meu caminho.

Faz sentido não entender o que se diz
Quando o certo é estar errado para fazer alguem feliz.
E suportar todo esse prazer,
sentindo o cheiro do pecado, caminhando até você.

Tão forte é minha vontade de viver sem questionar,
o que faz de mim alguem que você possa se orgulhar,
Que a cada mísero segundo que consigo me perder,
Sei que tento te provar que não sou nada sem você.
on quarta-feira, 21 de abril de 2010
Eu me rendo
a você, ao amor,
Eu me rendo
Pois já nem sei quem sou.
Me entrego,
Já cansei de fugir
E só quero
Ter razões pra sorrir.
Mesmo que tão clichê possa ser
Te dizer que me achei em você,
É verdade, não nego,
Eu me rendo, me entrego
A você, ao amor,
Na alegria, na dor.
Onde quer que esteja
Apague a luz e me veja
Andar em seus pensamentos,
Bagunçar seus sentimentos
E te fazer perceber
Que me entreguei a você.
Minha pequena, não chore,
Pois somos apenas crianças,
Se hoje te deixo,
Levo comigo todas as esperanças.
Eu penso em você, você pensa em sí,
Você me esquece, e eu te imagino sorrir.
É assim, ou pelo menos é o que parece em todas as despedidas.
É sim! Ou pelo menos nos filmes de romance que a gente assistiu.
Doeu, Mas você nem viu,
Seus olhos já não me enxergavam depois que aquelas lágrimas foram escorridas.
Não me diz que é pra sempre o que eu não queria que fosse.
O mundo é tão pequeno
se você for analisar as chances que temos de nos encontrar.
Qualquer dia a gente se esbarra
Você indo trabalhar, e eu saindo de um bar.
Eu sei que alguma coisa ficou pra trás
Mas o que a gente pode fazer além de aceitar?
Não sabemos nem ao menos o que vamos ser,
Não somos nós quem escolhemos o que vai e o que deve ficar.
Se hoje faço dos meus braços o seu porto seguro
Talvez amanhã meus poemas sejam a luz que te livram do escuro.
Quem sabe tambem, se os anos permitem,
Um dia essa será a menor das histórias.
Ninguem sabe o que está por vir,
E eu só sei que te tenho aqui nesse instante.
E até que o ultimo suspiro de saudade me venha,
Eu te digo com toda certeza, pequena,
Que foi eterno esse amor de criança,
Tão eterno que mesmo em estado de pena
Ainda não perdí toda a esperança.
on domingo, 18 de abril de 2010
Tento te encontrar no ar,
Mas o vento levou teu perfume embora.
As noites olhando o luar,
Penso no que deve estar fazendo agora.

E eu fujo e me encontro em um paraíso proíbido,
Eu vejo que é um sonho em que você está comigo.
Mas se acordo e sei que você não está aqui,
Eu logo percebo que eu tive tanto medo e não consegui fugir.

E assim meus dias viram noites,
E as noites como sempre solitárias.
E as dores, fortes tempestades de memórias
Que me fazem colocar pra fora
Tudo aquilo que eu pensei que ficaria para sempre aqui.

Mas Talvez seja o fim, pra você ou pra mim,
Em um combate seco e sem emoções.
Vou lutar, insistir, mas não vou conseguir,
Atravessar esse imenso mar de ilusões.
on sábado, 17 de abril de 2010
Quanto tempo eu me ví contando o tempo sem que desse tempo de parar por um instante. Na estante um porta-retrato porta um contrato de felicidade que nessa cidade não se encontra em qualquer porta. Quantas vezes eu pensei que estava certo fazendo o que achei correto, mesmo sendo reto e frio perdendo o que eu nunca achei. De certo que me enganei com os fatos que a realidade me mostrou e quem nunca se enganou que atire a primeira pedra, mas com cuidado para não errar pela primeira vez e enterrar as chances que um dia você teve de se declarar um ser perfeito. Eu posso ser quem eu quiser mas você vai continuar me enxergando como da primeira vez que eu fui visto sem mascaras, um alguem imprevisível. Mas como um velho moço ja dizia o pecado não é pago avista e antes que você desista sua vida é uma revista, aberta para um velho moço te julgar enquanto tira a bota e bota os pés na mesa brincando com um jogo de xadrez que parece ter mais peões do que eu imaginava, cada rodada e cada peça morta se parece com o jogo que eu sempre viví e agora eu estava alí. A menos de um milésimo eu me ví contando o tempo sem que desse tempo de parar por um instante. E parou. Parou até demais. Agora conto as horas, os minutos e os segundos pra me levantar desse sono profundo enquanto sou julgado inocente ou culpado por cada inimigo que criei, por cada grande amigo que perdí, por cada aniversário que esquecí e por não rezar nas noites de natal mesmo sabendo que isso tudo contaria no meu juízo final.
on sexta-feira, 16 de abril de 2010

Me finjo de cego
Para ver o que a vida esconde de mim,
Atento eu espero
Por um erro ou coisa assim.
Mas as coisas são sempre iguais,
Tudo dentro de seus eixos,
Os dias são tão normais,
Aleatóriamente perfeitos.

Dentro de casa me escondo das vozes,
Mas me prendo entre as paredes do silêncio.
Eu me pergunto e depois me respondo
Só para saber se ainda controlo oque penso.

Sinto falta do medo
Que eu ganhei quando comprei a coragem,
Uma coisa puxa a outra
E no final só nos resta a saudade.

É melhor não ter se não souber perder,
É melhor não ter se não consegue entender que
É melhor não ter do que viver pra esquecer.

Primeiro vou dizer um "OI!" e agradecer a todas as pessoas que virão a ler o que escrevo aqui.
É o primeiro blog que crio mas não é o primeiro lugar onde posto, então no começo vou postar algumas coisas antigas e que eu já havia postado em outros lugares.