Despedida

on sábado, 12 de novembro de 2011
Me pressionava sobre uma cadeira preta de courvin
E permanecera sobre mim com olhos entreabertos,
Tinha sobre o corpo um vestido cor bonina feito de cetim
Que fiz questão de destruir pra ter seu corpo descoberto.

O rogo pra que eu passe outra noite em teu colchão,
O chá que fui buscar só pra te ver cerrar os olhos
E assistir você dormir enquanto ria sem razão
Da confusão que eu fiz só pra tentar te ter no colo.

Te cobri com o lençol e encostei de leve a porta
Me enrolei com um cachecol como se escondesse a face
Passei pelas escadas com a cabeça dando voltas
E me vi fora do prédio antes que o medo me tomasse.

Procurando em quem pensar pra não pensar em quem queria
Pensando em não querer pra não querer quem não devia
Mas há de ser, se julgas certo, sofredor sem ter por perto
Quem te fez felicidade sem angústia da saudade. 

1 comentários:

Darlan disse...

Esses tentar não pensar ou tentar esquecer sempre têm um efeito completamente contrário. ainda assim a gente teima...

Postar um comentário